segunda-feira, 28 de julho de 2008

Novo acordo ortográfico

O que é que a final vai MUDAR?

Apesar de Portugal ainda não ter ratificado a proposta,
lá para 2018 ninguém poderá escapar
a um úmido sem “h” ou um fato sem “c”.

No dia 23 de Abril de cada ano, comemora-se o Dia Internacional do Livro.
Se o novo acordo ortográfico já tivesse entrado em vigor não seria tarefa fácil para o leitor que está habituado a ler a língua que conhece ter que passar a ler os livros escritos de uma forma substancialmente diferente.
A proposta que tem por objectivo colocar os 230 milhões de falantes da língua de Camões a escrever de forma idêntica não é nova.
O primeiro protocolo foi assinado pelos países de língua oficial portuguesa, em 1990. Porém, para ser aplicado, cada país necessita de ratificar o segundo protocolo.
O primeiro afirmava que o acordo ortográfico entraria em vigor quando três países dissessem “sim” ao segundo. Isso já aconteceu com o Brasil, Cabo Verde e São Tomé, estando o acordo, portanto, a vigorar nesses três Estados.
O Governo Português assinou o tratado há 18 anos, sendo de crer que, por boa fé, irá mesmo aplica-lo na nossa grafia. Em Fevereiro último, o estado português garantiu que iria ratificar o protocolo em 2018 ou 2019. Resta-nos esperar pelas decisões políticas.

Quando o novo acordo ortográfico entrar em vigor em Portugal, muita confusão se vai gerar.
Se não veja:
# O alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão do “k”, do “y” e do “w”, que já fazem parte do nosso quotidiano;
# Deixam de existir vogais mudas, ou seja, letras que se escrevem, mas não se lêem, como, por exemplo:
Óptimo = ótimo,
Baptismo = batismo,
Facto = fato,
Húmido = úmido,
Acção = ação;
# Nas sequências “mpc”, “mpç” e “mpt”, se o “p” for eliminado, o “m” passa a “n”, como, por exemplo: “assunção” e “perentório”;
# As terminações de verbos acabados em “êem” deixam de ser acentuadas. Futuramente, deve escrever-se “creem”, “deem”, “leem”, “relem”, etc;
# O verbo “pára” deixa cair o acento, ficando igual à preposição “para”. Desta forma, será o resto da frase que explicará qual o sentido da palavra;
# As formas do verbo “haver” perdem o hífen, ficando “hei de”, “hás de”, “hão de”, etc.

Quanto a mim acho que tudo isto vai gerar uma grande confusão na maioria das pessoas, não acham??
Eu cá acho que sim.
Só o tempo o dirá!
Vamos aguardar para ver no que isto vai dar.

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