terça-feira, 23 de setembro de 2008

HELENA...

O significado de "Helen" é luz.
Observe que os gregos se chamavam de helenos (iluminados) e, portanto, podemos afirmar que o nome "Helena" seria a "luz feminina" que pode ser encontrada tanto na alma feminina como masculina. Helena, considerada a mulher mais bela do mundo, tinha na Deusa Afrodite o seu arquétipo mais activo, por isso os homens faziam de tudo para possuí-la, inclusive lutaram na guerra de Tróia para obtê-la de volta.
Entretanto, deveriam estar sempre preparados para sentir sempre uma certa dose de dor: dor da separação, da perda, do ciúme da mágoa e da rejeição.
Helena, como toda a mulher – Afrodite, exigirá de todo o homem que antes de ser forte, sofra com as mágoas da própria imaturidade de sua natureza sensível antes de tornar-se verdadeiramente digno de seu amor.
Raptá-la era simples, mas conquistá-la e conservá-la já não seria uma tarefa fácil.
Além disso, Helena não era regida pelas convenções sociais impostas pelo patriarcado, portanto, do mesmo modo que enternecia inúmeros corações masculinos, acabava partindo-os.

Um homem para se sentir confortável e seguro ao lado de Helena, tinha que estar muito bem consigo mesmo e estar aberto à sua própria capacidade para a sensualidade, a beleza e o amor em todas as formas.

A mulher actual que se identifica com Helena, terá activo ainda os arquétipos dos Deuses: Ares, Apolo e Ártemis. Será portanto, uma mulher totalmente diferente do esteriótipo criado pela sociedade vigente, onde a Deusa Hera e Deméter aparecem como dominantes, exigindo que a mulher contemporânea seja boa esposa e uma pessoa zelosa. O "ego" dessa mulher reprime as "Deusas Virgens" como Afrodite e Ártemis que se ressentem de cuidar dos outros. Ártemis é a Deusa que
nos presenteia com a ambição e é Afrodite que nos ajuda a expressar todo o nosso talento. Portanto, censurar uma Deusa em detrimento de outra, poderá nos causar grandes problemas.
Todas nós somos mulheres de muitas Deusas, pois as mudanças diárias são perfeitamente normais. Em cada situação de nossas vidas, sempre podemos sentir que as Deusas se "revezam" dentro de nós. Esse fato é comprovado, pois inúmeras vezes sentimos existir "mais de uma pessoa" em nosso íntimo. Numa grande festa podemos ser uma Afrodite esfuziante, já noutro cenário, uma Atena cuidadosa, dedicando-se a um projeto. Pode-se ser igualmente introvertida e extrovertida,
dependendo das circunstâncias e da Deusa dominante: uma Ártemis ou Deméter extrovertidas podem ficar com a "maçã de ouro" numa situação, mas passá-la às introvertidas Héstia ou Perséfone em outra. Quando as Deusas cooperam e se revezam no interior de uma mulher, "qual Deusa conquistará a maçã de ouro" dependerá da situação e da tarefa à mão.
Quando nos tornamos conscientes da existência das Deusas que habitam nosso interior, podemos reconhecer suas "vozes" e distinguir quem está falando. Ter idéia dos padrões arquetípicos e reconhecer a capacidade das Deusas pode nos ajudar a identificar aquelas que necessitam de reconhecimento.
Uma vez que todas as Deusas são padrões inatos em cada mulher, a mulher particular pode compreender a necessidade de familiarizar-se melhor com uma Deusa determinada. Nesse caso, os esforços para desenvolver ou reforçar a influência de uma Deusa particular podem ser bem sucedidos.

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